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«Este blog não respeita o acordo ortográfico (AO90), por ser um atentado inaceitável à língua de Camões e de todos os Portugueses! E você, vai fazer parte deste atentado à língua Portuguesa, escrevendo segundo a aberração do AO90?»

A Inércia” de um povo;


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".
R. Eanes




terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Tibete Português; Sistelo

O Tibete Português em Sistelo, está em Risco







Sistelo: Um tesouro Português, entre serras e serranias, com paisagens de uma beleza fora de vulgar, uma beleza natural que perdurou ao longo dos tempos e, sendo hoje um ex-líbris para o turismo rural (clique).

Mas... agora, paira a ameaça da construção de uma albufeira/barragem para a produção de energia. Construção sem ter em conta este riquissimo património existente na zona.


A ganância e a estupidez impera e os decisores políticos são insensíveis à destruição de coisa tão bela e rara, sendo esta uma zona de um valor histórico e cultural, incalculável. Dá a impressão que já é os Chineses que mandam em Portugal e não os Portugueses... Que vergonha este meu país!



Segundo o próprio "Estudo de Impacto Ambiental": "A zona de intervenção do projecto afectará, de acordo com as Cartas de Condicionantes dos Planos Directores Municipais de Arcos de Valdevez e de Monção, algumas áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional (REN). Na zona envolvente do empreendimento, os lameiros da encosta da margem direita do rio Vez apresentam classificação de RAN." "Refere-se, ainda, que a área de estudo ocupa cerca de 389 ha do Sítio de Importância Comunitária (SIC) Peneda/Gerês". 

Além de todos estes valores ambientais e naturais, devemos ainda frisar o valor cultural e paisagístico de Sistelo, conhecida pelos seus socalcos (em parte irrigados por água de levadas agora afectadas), que semanalmente levam até esta freguesia centenas de turistas. Sistelo tem sido, aliás, caso de estudo em diversas Faculdades nacionais e internacionais, devido ao seu ecossistema e, sobretudo, devido à relação que o homem estabeleceu aqui ao longo dos séculos com o território de montanha e de Rio. 

Esta condição levou, aliás, à "Proposta de Classificação de Sistelo como Paisagem Cultural Evolutiva Viva", em 2009. 


Os socalcos surgem pela necessidade de aumentar a superfície agrícola e de contrariar os declives. São plataformas mais ou menos planas de solo profundo e fértil, construídas nas vertentes das montanhas, sobrepostas umas às outras em escadaria e suportadas por grandiosos muros de pedra. Estas estruturas permitiriam o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência de extrema importância para a sobrevivência das comunidades rurais. Associados a estas plataformas, construíram-se canais destinados ao transporte de água dos pontos mais altos das montanhas, poços e cursos de água, para os campos. Estes canais, que em alguns casos se estendem por dezenas de quilómetros, denominam – se de regadios e são fundamentais para a subsistência das culturas nos meses de Verão.





Assine a Petição contra a destruição deste património de valor incalculável, ao nível histórico, cultural e paisagístico.

Assine, aqui




A aldeia de Sistelo situa-se no concelho de Arcos de Valdevez, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, junto à nascente do rio Vez. Famosa pelas suas paisagens em socalcos, onde se cultiva o milho e pasta o gado, a aldeia encontra-se muito bem preservada, tendo sido recuperadas as casas típicas de granito, os espigueiros e os lavadouros públicos.

O Castelo de Sistelo, ex-líbris da aldeia, merece uma cuidadosa visita: trata-se de um palácio de finais do século XIX onde viveu o Visconde de Sistelo. Deambule pelas ruelas de Sistelo e aprecie a Igreja Paroquial, a Casa do Visconde de Sistelo, a Ponte Romana e o Moinho, a ponte de Sistelo de jusante, a Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos e as Capelas de Santo António, de São João Evangelista, da Senhora dos Remédios e da Senhora do Carmo.


Não deixe de subir ao miradouro do Chã da Armada para admirar a magnífica vista panorâmica! Se é apreciador de caminhadas na natureza, percorra o Trilho das Brandas de Sistelo (10 km), que tem início na aldeia, e fique a conhecer as brandas de Rio Covo, em Sistelo, do Alhal, no Padrão, e da Cerradinha, terrenos que, durante o verão, serviam de apoio à pastorícia. O artesanato característico da aldeia é composto pelas meias redondas de lã e pelos aventais de lã. Aproveite e traga algumas peças de recordação!


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