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A Inércia” de um povo;


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".
R. Eanes




segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Crianças Sírias Escravizadas na Turquia para Grandes Marcas de Roupa

Crianças Sírias Escravizadas na Turquia para Grandes Marcas de Roupa






É vergonhoso demais... Crianças Sírias escravizadas à entrada da Europa!


Crianças que fogem aos horrores da guerra Síria, são escravizadas pela Turquia e por grandes marcas internacionais. Aquele país, a quem a União Europeia deu 6 mil milhões de euros, para estancar os refugiados e não os deixar passar para a Europa. A União Europeia é responsável por este problema, que, com as suas políticas de refugiados acabou por ser parte deste problema!

Mas, os cidadãos Europeus e dos países mais ricos, também acabam por ser responsáveis indirectamente, por comprarem as roupas ou sapatos das grandes marcas que exploram crianças na Turquia. Entre elas estão: Marks & Spencer, Asos, Zara e Mango, H&M e a britânica Next. É isto a que muitos chamam de Globalização...!

Quando você comprar estas marcas, tenha noção de que está a compara roupa confeccionada por crianças escravizadas algures num país europeu ou na Turquia!




In Expresso;



Investigação do programa “Panorama” da BBC denuncia que refugiados menores foram encontrados a trabalhar por menos de uma libra à hora em fábricas de roupa da Marks & Spencer, Asos, Zara e Mango 



Traduzido por: Joana Azevedo Viana, do Expresso

Uma investigação secreta da BBC na Turquia apurou que há crianças da Síria a serem escravizadas em fábricas que produzem roupa para marcas como a Marks & Spencer e a Asos. Os jornalistas do programa "Panorama" descobriram ainda refugiados adultos a trabalharem ilegalmente na produção de calças de ganga para a Zara e a Mango.

Todas as marcas envolvidas dizem que levam a cabo inspecções regulares nas suas redes de fornecimento e que não toleram a exploração de refugiados ou de crianças. Ao canal britânico, a Marks & Spencer garante que, em inspecções recentes, não detectou um único refugiado sírio a trabalhar na sua cadeia de fornecedores na Turquia.

As informações contradizem a investigação conduzida pelo programa "Panorama", cujo episódio será transmitido esta segunda-feira à noite, durante a qual crianças sírias fugidas da guerra foram encontradas a trabalhar por menos de uma libra (1,12 euros) à hora, bem abaixo do salário mínimo estipulado na Turquia. De acordo com a BBC, as crianças foram abordadas na rua por um intermediário que lhes ofereceu dinheiro para trabalharem nas redes de fornecimento destas marcas.

Em entrevista aos jornalistas do "Panorama", uma das crianças denuncia as condições deploráveis de trabalho para os refugiados, dizendo que "se alguma coisa acontece a um sírio, eles deitam-no fora como a um bocado de tecido". Um rapaz de 15 anos, o mais jovem encontrado nesta investigação do "Panorama" a trabalhar nestas condições na Turquia, diz que trabalha mais de 12 horas por dia a passar roupa a ferro antes de os produtos serem enviados para o Reino Unido.

Um porta-voz da Marks & Spencer disse à BBC que leva esta investigação "muito a sério" e que considera as alegações "inaceitáveis" para os padrões da marca, oferecendo-se para garantir contratos de trabalho permanente a todos os sírios que forem encontrados a trabalhar sob exploração.
"O comércio ético é fundamental para a M&S, todos os nossos fornecedores estão contratualmente obrigados a respeitar os nossos princípios globais de abastecimento, que dizem respeito ao que é esperado [das fábricas] e que lhes exigem o bom tratamento dos trabalhadores. Não toleramos tais violações destes princípios e faremos todos os possíveis para garantir que isto não volta a acontecer", responde a marca em comunicado.

A Asos também já reagiu e diz que vai garantir apoio financeiro às crianças entrevistadas para que possam regressar à escola, e que irá pagar salários justos aos refugiados adultos até que encontrem trabalho legal na Turquia. "Implementámos estes programas de remediação, apesar de a fábrica não ter qualquer ligação à Asos", refere um porta-voz da marca britânica num email enviado à BBC.

Críticos consultados pelo canal dizem que estas empresas não estão a fazer o suficiente para combater os problemas denunciados pelo "Panorama". "Eles têm responsabilidade de monitorizar e apurar onde é que as suas roupas são feitas e sob que condições é que estão a ser produzidas", diz Danielle McMullan, do Business & Human Rights Resource Centre. "Não é suficiente dizerem que não sabiam e que por isso não têm culpa."

Muitas das roupas comercializadas na Europa são actualmente produzidas na Turquia pela sua proximidade geográfica, que permite às cadeias de distribuição e venda a retalho maior rapidez na comercialização das últimas colecções. Isto apesar de as condições de trabalho nas fábricas turcas serem diminutas ou inexistentes, em particular perante o aumento das denúncias de maus tratos e exploração de refugiados, numa altura em que a Turquia já acolheu mais de três milhões de sírios.

A maioria dos refugiados no país não tem licença de trabalho e muitos estão empregados ilegalmente na indústria do vestuário. Durante a investigação da BBC, o jornalista Darragh MacIntyre falou com dezenas de sírios que sentem que estão a ser explorados. "Eles falam de salários miseráveis e terríveis condições de trabalho", refere o repórter. "Sabem que estão a ser explorados mas não podem fazer nada quanto a isso."

Numa pequena fábrica clandestina em Istambul, uma das várias que a equipa do programa visitou com câmaras ocultas, foram encontradas dezenas de crianças sírias a trabalhar e etiquetas da Asos nas instalações. A marca de venda a retalho online assume que algumas das roupas que vende são produzidas no local, mas refere que não é uma fábrica aprovada. Desde a transmissão do programa, a empresa enviou inspectores ao local e descobriu 11 adultos sírios e três crianças com menos de 16 anos a trabalhar no local.

No decorrer da investigação, a equipa da BBC apurou ainda que há refugiados sírios a trabalhar mais de 12 horas por dia numa fábrica de tratamento de jeans para a Mango e a Zara, num processo que envolve químicos perigosos para tingir as calças de ganga, sem que os trabalhadores tenham acesso sequer a máscaras básicas de protecção.

A Mango diz que a fábrica foi subcontratada por um dos fornecedores da marca, sem o seu conhecimento ou consentimento, tendo enviado inspectores ao loca, que não descobriram quaisquer trabalhadores sírios e que, no geral, detectaram "boas condições de trabalho".

A Inditex, detentora da marca Zara, diz que as suas inspecções às fábricas turcas são "altamente eficazes para monitorizar e melhorar as condições". A empresa aponta em comunicado que, na sua última auditoria à fábrica em questão, em Junho, foram detectadas violações das regras em vigor, e que foi estipulado um prazo até Dezembro para que os detentores da oficina implementem as medidas necessárias para melhorar as condições de trabalho.

No início de Fevereiro, a organização sem fins lucrativos Business and Human Rights Resource Centre, que monitoriza a responsabilidade social de empresas a operar na União Europeia, tinha denunciado haver crianças refugiadas a trabalhar sob exploração em fábricas da sueca H&M e da britânica Next na Turquia.

O episódio desta semana do Panorama, "Undercover: The Refugees Who Make Our Clothes", será transmitido esta segunda-feira às 20h30 na BBC One













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