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A Inércia” de um povo;


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".
R. Eanes




quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O Vidente de Massamá...

O Vidente de Massamá... Andou a, Varrer, a Varrer, a Varrer para de Baixo do Tapete








Passos Coelho sobre a CGD:  "eu estive uns anos no Governo, tenho uma noção, "razoável", do que é a situação da CGD e confesso que não entendi nada do que o Ministro das finanças disse".

Oh senhor Passos Coelho, o que é que andou a fazer no seu (des)Governo 4 anos? O Sr. só tem uma "razoável noção"(?) do que se passou ou passava na CGD? É assim tão mediocre?

Então um banco do Estado, em que o "chefe maior" é o Primeiro Ministro e o Ex-PM, Sr. Passos Coelho vem dizer que tinha uma "noção razoável" do que se passava na CGD... Então o Primeiro Ministro não tinha que saber "tudo", o que se passava no banco do Estado?  


Oh Sr. Passos Coelho, então a sua ministra das finanças, Maria Luís Albuquerque, não o informou de tudo o que se passava num banco do Estado, que o Primeiro Ministro tinha o dever e obrigação de saber de tudo, até dos desfalques/dívidas deixados por alguns e obrigar os devedores a pagar?

Mas, Marques Mendes é que sabe:

"Eu acho que PSD e CDS também em matéria de banca e sistema financeiro não têm grande autoridade para falar, andaram a empurrar a maior parte dos problemas, a varrer para de baixo do tapete". Veja bem: "Banif, não venderam o Banif a tempo e horas evitando aquilo que se podia ter evitado que era a resolução do Banif". Segundo: "conflito do BPI, o assunto foi adiado, adiado, adiado..." Terceiro:  "Novo Banco, eu acho que foi corajosa... mas também não conseguiram vender o Novo Banco".   Caixa Geral de Depósitos: "toda esta questão da recapitalização também se iria colocar, não se colocou..."

"Ou seja: em matéria de sistema financeiro, PSD e CDS deixaram muito a desejar e têm algumas culpas no cartório, e portante andaram, nesta linguagem popular, "a varrer, a varrer, a varrer para de baixo do tapete".





Luís Marques Mendes lá sabe o que diz (?!)...

Marques Mendes diz que há quem não queira investigação na CGD.

"Vai haver muito boa gente em Portugal do PS e do PSD interessado em que não se investigue nada e que não se esclareça nada, porque evidentemente que há responsabilidades do chamado bloco central de interesses da gestão da Caixa, sobretudo nos anos entre 2005 e 2010", 

"Muito boa gente de 2, 3 partidos vai querer que tudo seja varrido para debaixo do tapete e acho que tudo deve ser esclarecido e escrutinado", insistiu.

"Há 10, 12 operações que foram absolutamente ruinosas, porventura financiamentos que não deviam ter sido concedidos, financiamentos que não foram concedidos com garantias minimamente eficazes, porventura financiamentos concedidos a troco de favores políticos", disse, considerando que, se o Estado tem agora de meter dinheiro na Caixa, ao menos que se esclareça o que aconteceu e apure responsabilidades. fonte JN





Mas, o Sr. Marques Mendes devia ter explicado melhor o que se passou a CGD, porque há muitos amigos seus envolvidos na trama que levou a CGD a uma situação difícil... Ou seja: os grandes amigos de Merques Mendes, são os grandes responsáveis por tudo isto.


Segundo o Observador: As imparidades registadas nos nove maiores devedores da CGD chegam aos 912 milhões de euros. Entre os maiores devedores estão os grupos Espírito Santo, Lena e Efacec e o angolano António Mosquito.

O total de imparidades registadas pelos nove maiores devedores chega aos 912,1 milhões de euros. Seguem os nomes que surgem na lista dos maiores devedores da CGD divulgada pelo jornal:

Grupo Artlant – 476,4 milhões de euros e 214 milhões em perdas de crédito (imparidades) reconhecidas. A Artlant foi criada para desenvolver um grande projecto industrial em Sines, com a construção de uma unidade do sector químico. O promotor era o grupo catalão La Seda, grupo que depois de entrar em crise chegou a ter como accionista de referência o empresário português Carlos Moreira da Silva, líder da Barbosa e Almeida (e accionista do Observador). A Caixa Geral de Depósitos começou por ser uma grande financiadora, mas acabou por se tornar accionista da La Seda, onde ainda tem 14%, e da própria Artlant. Um envolvimento que tinha também como objectivo assegurar a realização do investimento na fábrica de Sines.
A empresa avançou com um processo de revitalização especial (PER) e em 2015, a Caixa reclamou créditos superiores a 520 milhões de euros. A última informação disponível já do início de 2015 é da que foi proferida a sentença de homologação do plano de recuperação.

Grupo Efacec – 303,2 milhões de euros de créditos e 15,2 milhões de imparidades. A exposição resultará do financiamento à empresa, mas também aos seus dois maiores accionistas, o grupo José de Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves. Os grupos portugueses venderam 65% da principal unidade do grupo Efacec, a Efacec Power Solutions, a Isabel dos Santos há cerca de um ano. O negócio, avaliado em 200 milhões de euros, foi mais do que uma simples venda, esteve enquadrado numa reestruturação de dívida dos accionistas e da empresa. A Caixa enquanto credora participou no financiamento desta operação.

Vale de Lobo – 282,9 milhões de euros de exposição e 138,1 milhões em imparidades. É um negócio imobiliário polémico que se cruza com o inquérito judicial ao antigo primeiro-ministro José Sócrates e que envolve ainda Hélder Bataglia, o presidente da Escom. A decisão da Caixa Geral de Depósitos de entrar no empreendimento de luxo no Algarve data de 2006 e tem sido atribuída ao então administrador do banco público, Armando Vara. A Caixa é accionista da sociedade que explora Vale do Lobo, ao mesmo tempo que é a maior financiadora. Em 2014, a holding de imobiliário que detinha esta participação reconheceu perdas de 196 milhões de euros, parte da qual será atribuída a Vale do Lobo. Nas contas de 2015, a Caixa diz que a situação líquida era negativa em 137 milhões de euros. O banco do Estado tem uma participação financeira de 24%, mas é também o maior credor deste empreendimento que no ano passado foi posto à venda.

Auto Estradas Douro Litoral – 271,3 milhões de exposição e 181,4 milhões de créditos perdidos. A concessão de autoestradas volta a cruzar os caminhos do banco do Estado com o grupo José de Mello que, através da Brisa, é um dos maiores accionistas desta concessionária que entrou em incumprimento dos compromissos financeiros assumidos com os bancos financiadores, nomeadamente ao nível dos rácios. A Douro Litoral é uma concessão com portagens cuja receita tem-se revelado muito abaixo do previsto e insuficiente para remunerar o investimento. A empresa tem em curso vários pedidos de compensação financeira ao Estado, no valor global de cerca de 1,4 mil milhões de euros que estão a ser analisados em tribunal arbitral.

Grupo Espírito Santo – 237,1 milhões de euros em créditos e 79 milhões de imparidades. A Caixa Geral de Depósitos, enquanto maior banco português, foi também a instituição financeira que mais exposta estava ao Grupo Espírito Santo. O Observador fez um levantamento, em maio do ano passado, da exposição da banca ao GES, ainda com base em listas provisórias de valores reclamados pelos credores de sete sociedades que estavam em processo de revitalização ou insolvência. O montante era da ordem dos 1.300 milhões de euros. A Caixa reclamava cerca de 410 milhões de euros.

Grupo Lena – 225 milhões de créditos e 76,7 milhões de imparidades. O grupo construtor com sede em Leiria foi um dos que mais cresceu durante o último ciclo de obras públicas em Portugal, durante os governos de José Sócrates. O Grupo Lena esteve nas autoestradas, na renovação do parque escolar, e no projecto da rede de alta velocidade (TGV), onde fez parte do consórcio que ganhou o primeiro contrato, e que entretanto foi cancelado. A Lena cresceu também para outros sectores — turismo, energia e comunicação social — e outras geografias, ganhando importantes contratos em mercados emergentes, como a Argélia e a Venezuela. A demora e incerteza na concretização destes contratos internacionais, alguns obtidos à boleia das viagens oficiais do ex-primeiro ministro, José Sócrates, e o asfixia do mercado de construção português apanharam o grupo em contramão, em plena aposta expansionista. A Lena teve que travar a fundo e fazer uma reestruturação do seu endividamento.

Grupo António Mosquito – 178 milhões de euros e 49,2 milhões de euros de créditos perdidos. O empresário angolano está associado a dois investimentos em Portugal: a Soares da Costa e a Controlinveste. No caso da Caixa, a exposição a António Mosquito poderá resultar do financiamento ao empresário português que era o maior accionista da Soares da Costa, Manuel Fino. A Caixa era um das grandes financiadoras de Manuel Fino, tendo inclusive, executado uma parte das acções que o empresário tinha na Cimpor.

Reyal Urbis – 166,6 milhões de euros de empréstimos que lhe foram concedidos, com 133,3 milhões de imparidades. A imobiliária espanhola já estava identificada em 2013 como uma das principais devedoras da Caixa, altura em que apresentou um processo de insolvência — o segundo maior da história de Espanha. No ano anterior, o endividamento da empresa tinha chegado ao 3, 6 mil milhões de euros. O Santander e a filial Banesto estavam entre os maiores credores da imobiliária que lhe devia 830 milhões de euros, apontava então o jornal espanhol El Mundo que colocava a CGD na lista dos credores minoritários.

Finpro SCR – 123,9 milhões de euros e 24,8 de imparidades totalizadas. Esta sociedade teve como accionistas Américo Amorim, o fundo da Segurança Social e o Banif, e realizou vários investimentos internacionais, financiados com dívida, sobretudo na área das infraestruturas. A Finpro entrou em processo especial de revitalização em 2014 e notícias apontam a Caixa como detentora de mais de metade da dívida da Finpro. Uma das participações da Finpro era no sociedade gestora do Porto de Barcelona que foi vendida no ano passado. A sociedade terá entretanto sido considerada insolvente com uma dívida de 268 milhões de euros.




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