Salgueiro Maia e as Últimas Palavras...
Aproposito da data comemorativa dos 40 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974, fica aqui a entrevista a Salgueiro Maia, pouca tempo antes de falecer devido doença cancerosa. Um homem que fez toda a diferença, acompanhado de todos os outros militares, que tirou o povo da ditadura de Salazar/Marcello Caetano. Um homem que lutou por um ideal que achava justo, sem medo de enfrentar as forças leais aos ditadores...!
Salgueiro Maia e os restantes capitães de Abril, tiraram o país da ditadura, abrindo as portas à Democracia, conquistada por estes heróis, que por estes dias vai pelas ruas da amargura... Hoje temos uma Democracia encapuçada, sequestrada, lapidada, condicionada, amputada, por este sistema político que nos desgoverna!
"Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos
distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças
revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril, que marcou o final
da ditadura.
Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca
Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São
Torcato, Coruche,
mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional
de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências
Políticas e Sociais, no Instituto Superior
de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e,
acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC),
em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi
comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na
então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e,
Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do
Movimento. Depois do 16 de
Março de 1974 e
do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro
Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna
de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da
tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta
do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou
Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil."
"...Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
A 24 de Setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau
de Grande-Oficial da Ordem
Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 28 de Junho
de 1992 e em 2007 a
Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa
embaixada à sua escolha, governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa
Militar da Presidência da República. Foi promovido a major em 1981 e,
posteriormente, a Tenente-Coronel.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença
cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em
1991, o vitimaria a 4 de Abril de 1992.
Grândola Vila Morena, a canção que serviu de senha indicadora de tropas em movimento.
Um homem só fez toda a diferença, muitos também podem fazer diferença este 24 Abril à noite e no dia 25 de Abril de 2014 no Largo Carmo às 11 horas com discurso dos Capitães de Abril.
TODOS OS RIOS VÃO DAR AO CARMO!
Passados 40 anos, Portugal e o povo está num impasse, o qual tem de decidir o que quer para o futuro de Portugal... Regredir e assistir à destruição do país e seu povo, ou mudar de rumo radicalmente...?!
Passados 40 anos, Portugal e o povo está num impasse, o qual tem de decidir o que quer para o futuro de Portugal... Regredir e assistir à destruição do país e seu povo, ou mudar de rumo radicalmente...?!
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