As Portas que Abril Abriu...!
As Portas que Abril Abriu (clique)!!!
As Portas que Abril Abriu
José Carlos Ary dos Santos
"Obra poética"
Edições Avante 1975
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado....
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado....
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"...Autor de mais de seiscentos poemas para canções, Ary dos
Santos fez no meio muitos amigos. Gravou, ele próprio, textos ou poemas de e
com muitos outros autores e intérpretes. Notabilizou-se também como declamador,
tendo gravado um duplo álbum contendo O Sermão de Santo António aos
Peixes, do Padre António Vieira. À data da sua morte
tinha em preparação um livro de poemas intitulado As Palavras das
Cantigas, onde era seu propósito reunir os melhores poemas dos últimos
quinze anos, e um outro intitulado Estrada da Luz - Rua da Saudade,
que pretendia ser uma autobiografia romanceada..."
25 de Abril Sempre!!!
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