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«Este blog não respeita o acordo ortográfico (AO90), por ser um atentado inaceitável à língua de Camões e de todos os Portugueses! E você, vai fazer parte deste atentado à língua Portuguesa, escrevendo segundo a aberração do AO90?»

A Inércia” de um povo;


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições".
R. Eanes




terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A Aberração do (des)Acordo Ortográfico

A Aberração do (des)Acordo Ortográfico





O Português, de Luís de Camões, de Eça de Queirós, de Fernando Pessoa, de todos os Portugueses, do passado e do presente e "não só de alguns" (deputados), para ser tão mal tratada.

A língua e a ortografia portuguesa não é o sudoku, não é uma brincadeira, não é uma feira de vaidades, não tem que estar sujeita às decisões de meia dúzia de deputados (muitos nem sabem escrever o Português correcto) para fazerem alterações (à língua) a seu belo prazer, como se a língua portuguesa fosse só dos deputados... É inadmissível que os deputados tenham assinado um acordo de coisa tão importante (como o é a nossa língua) sem consultar o povo em referendo (pelo menos). É um insulto sem precedentes a todos os portugueses, que tal acordo tenha sido feito sem consultar todos os portugueses. Acordo esse que só serviu para encher os bolsos a meia dúzia de editoras!
Um acordo que nem Angola nem o Brasil, sequer implementaram ainda, estando previsto só em 2016 (aqui).
Fernando Pessoa
Há no A.O. de 1990, simultaneamente, servilismo e ignorância relativamente ao Brasil. Pois o diálogo luso-brasileiro é em grande parte um diálogo assimétrico. Ele situa-se num eixo que Eduardo Lourenço qualificou lapidarmente: «ressentimento e delírio». A maneira como nós vemos o Português é própria de um povo que fala e sempre falou a sua própria língua e a difundiu pelo mundo, o mundo de um «império» que no plano mítico-ideológico parece não ter terminado ainda. No Brasil, o Português é a língua do colonizador. Não é, portanto, a mesma, nem poderia ser, a visão da «língua comum», pois os brasileiros parecem sobretudo interessados em acentuar divergências, quer na ortografia quer na sintaxe, afastando-se, muitas vezes conscientemente, da norma culta, procurando factores de diferenciação específica. O próprio preconceito brasileiro relativamente aos falares portugueses [é o] que se reflecte na legendagem de tudo o que é português no Brasil e, no plano da escrita, na tradução de livros ou de notícias de jornais portugueses [...]



Vídeo da audiência no Grupo de Trabalho parlamentar sobre o Acordo Ortográfico. Ao minuto 6:30, a intervenção da Dr.ª Maria do Carmo Vieira, contundente como sempre, relativamente aos deputados que aprovam umas leis avulsas, muitas vezes sem sentido, como a do (des)acordo ortográfico. 

Audiência concedida a 7 de Fevereiro de 2013 a Maria do Carmo Vieira, Vasco Graça Moura e Nuno Pacheco pelo Grupo de Trabalho parlamentar sobre o Acordo Ortográfico de 1990, no âmbito da Comissão de Educação, Ciência e Cultura.




Vasco Graça Moura, escritor de profissão, rejeita a adopção do acordo ortográfico e diz que distorce a língua.



Petição pela desvinculação de Portugal ao 'Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990' (AO90)

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