A Islândia Novamente à Frente, na Democracia Directa
Na Islândia o povo mostra novamente ao mundo o caminho a seguir, desta vez exigem a demissão do Primeiro Ministro Sigmundur Davíð Gunnlaugsson, com ligações ao escândalo do "Panamá Papers". O povo Islandês mostra mais uma vez que a sua Democracia directa está de boa saúde e recomenda-se à Europa.
Dez mil pessoas (segundo o Guardian, entre 8 e 22 mil de acordo com o Le Monde) pegaram na segunda-feira à noite em tambores, tachos, apitos e bananas para enviar uma mensagem bem clara ao chefe do Governo: a Islândia não pode ser uma república das bananas, Gunnlaugsson deve demitir-se.
Já nos países da união Europeia continua-se a ignora o problema enterrando-se a cabeça na areia, é vergonhoso que poucas vozes se tenham feito ouvir, sem levantamentos populares e, a comunicação social continua a ser cúmplice do sistema corrupto Europeu. É escandaloso que fortunas gigantescas fujam ao pagamento de impostos para paraísos fiscais/offshores, enquanto o povo Europeu que vive do seu salário é esmagado com uma brutalidade de impostos.
É escandaloso, vergonhoso, que a União Europeia nada faça de concreto, contra a fuga ao fisco e à corrupção generalizada e disseminada um pouco por toda a U.E. Trata-se se somas "pornográfica-mente gigantescas" que fogem para dezenas de Offshores em todo o mundo, com os grandes BANCOS à cabeça do crime.
Foto de: Stigtryggur Johannsson/Reuters
“[...] Ele simplesmente perdeu toda a credibilidade”, comentou ao The Guardian Arntho Haldersson, consultor financeiro. “O nosso primeiro-ministro a esconder bens em contas offshore… Depois de tudo o que este país passou, como é que ele poderá querer liderar a recuperação da Islândia depois da crise? Ele tem de sair”.
Segundo informações trazidas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação – que divulgou no domingo ter tido acesso a mais de 11 milhões de documentos da firma de advogados Mossack Fonseca, com sede no Panamá – Gunnlaugsson chegou a ser proprietário de metade da Wintris, com sede em Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. Criada em 2007 – um ano antes do colapso do sistema financeiro – a empresa era detida em partes iguais pelo actual primeiro-ministro e pela sua mulher, Anna Sigurlaug Pálsdóttir. (fonte, aqui!)
O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, recusa abandonar a chefia do governo depois do seu nome surgir citado no escândalo dos documentos do Panamá.
As suspeitas sobre Gunnlaugsson surgem pelo facto de ele e a esposa terem constituído em 2007 uma sociedade nas ilhas virgens britânicas para gerir a fortuna da mulher e depois ter omitido na declaração de património quando foi eleito em 2009.
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