Marcelo: o Homem que Cresceu no Seio do Poder do Estado Novo
As presidenciais estão ai e, parece que o povo não aprendeu nada; não bastou terem dado o poder ao último presidente, que se mostrou ser tendencialmente de direita.
O povo padece de uma "inércia" extrema e parece, "segundo as sondagens manipuladoras", que novamente vão eleger uma outra personalidade que é um excêntrico que sempre gravitou em torno do poder. Nasceu numa família Salazarista no meio do poder do Estado Novo, onde privou com Marcelo Caetano e recebeu seus ensinamentos.
Marcelo Rebelo de Sousa, um homem que já por diversas vezes elogiou Marcelo Caetano, dizendo: "Marcelo Caetano foi um homem excepcional" (clique)
Será que o povo nunca mais aprende a lição? Andam há 40 anos a serem enganados e ainda não chegou?
"Marcelo Rebelo de Sousa nasceu no seio do poder, cresceu a conviver com ministros do Estado Novo por via das funções políticas do pai. No fundo, mesmo não tendo ainda cumprido a predestinação de chegar a primeiro-ministro, toda a vida de Rebelo de Sousa gravitou em torno do poder. "Quando comecei a fazer o livro, uma das coisas que eu disse a Marcelo Rebelo de Sousa, na primeira conversa que tive com ele, foi que, da sua geração, o Professor era a única pessoa através da qual seria possível contar a história de Portugal dos últimos 60 anos ", conta Vítor Matos, jornalista e autor da biografia de Marcelo Rebelo de Sousa, lançada esta semana pela Esfera dos Livros. "Tudo começa no berço. A história dele atravessa a história política do País. Porque ele nunca esteve fora. Se não estava no centro do furacão, estava muito perto, a influenciar ou a participar".
Os tempos de Marcello Caetano
"O melhor aluno no Liceu Pedro Nunes e que acabou o curso de Direito com média de 19 era irrequieto, não se coibia nunca de impressionar, de exibir as qualidades de um virtuoso intelectual. Marcello Caetano, professor catedrático e amigo do pai de Marcelo Rebelo de Sousa, não deixava de cultivar uma distância intransponível quando o filho de Baltazar Rebelo de Sousa se sentou pela primeira vez nos bancos da faculdade. A frieza termina anos mais tarde após Marcelo Rebelo de Sousa brilhar numa prova oral de Direito Administrativo.
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"Essa proximidade com o [Marcello] Caetano é algo extraordinário. É uma coisa única, porque ele era um miúdo genial que fez o segundo ano do curso de Direito. O Caetano já não é o professor dele, logo já podia recebê-lo em casa. Marcelo relaciona-se com o então chefe do Governo numa altura em que o poder está a milhas de distância de qualquer ser mortal", observa o jornalista.
Cria, com Cândido Igrejas Bastos, o Movimento da Acção Académica (MAI), que defendia a demissão de Hermano Saraiva, posicionando-se à direita. Mas uma direita democratizadora. E que atacava também os associativistas, ligados à esquerda. "A história do MAI é uma coisa enquadrada no regime, que é suposto ser anti-associativa. A opinião do Pacheco Pereira é de que se tratava de algo patrocinado pelo regime. A verdade é o que parceiro [Cândido Igrejas Bastos ]dele nestas aventuras trabalhava no Secretariado Nacional da Informação", comenta Vítor Matos. fonte
Veja o vídeo, que mostra quem é Marcelo R. de Sousa.
O professor de Marcelo Rebelo de Sousa...
Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 1980) foi um jurisconsulto, professor de direito e político português. Proeminente figura durante o regime salazarista, foi o último Presidente do Conselho do Estado Novo.
Inicialmente ligado aos círculos políticos monárquicos católicos do Integralismo Lusitano, ainda jovem participou na fundação da Ordem Nova [5] (1926-1927) , revista que se classificava antimoderna, antiliberal e antidemocrática. Apoiou a Ditadura Militar de 1926 a 1928, e rompeu definitivamente com o Integralismo Lusitano em 1929. Apoiante do regime autoritário de Salazar, participaria na redacção do Estatuto do Trabalho Nacional e da Constituição de 1933.
Dirigente destacado do Estado Novo, foi comissário nacional da Mocidade Portuguesa. (1940-1944)
Ministro das Colónias (1944-1947)
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