O Sistema Político Capturado pelos Lobies!
A Palavra de:
"...A Política é uma farsa, espanta-me que os Portugueses ainda acreditam nos políticos..."
Manuel Monteiro, um político sério que se afastou da política por não concordar com muita coisa no nosso sistema político... fala do sistema capturado pelos "lobies", onde os três partidos mais importantes (PS, PSD e CDS) rodam só em torno dos seus interesses e da promiscuidade entra a política e o sector privado... Manuel Monteiro, diz que não vai votar pela primeira vez na vida, não acredita mais no sistema...!
Manuel Monteiro em entrevista com Medina Carreira, Olhos nos Olhos...
Quem queira ver a entrevista inteira, aqui fica...
Olhos nos olhos, com Medina Carreira!
Judite de Sousa e Dr. Medina Carreira debatem com o Dr.
Manuel Monteiro, ex-líder do Partido CDS-PP, «Políticos e Políticas», no
programa Olhos nos Olhos da TVI24.
Manuel Monteiro, "Pela primeira vez na vida não vou votar"
O ex-líder do CDS confessa que, pela primeira vez na
vida, não vai votar numas eleições. Admite que está desencantado com a vida
política
Conheceu o "sistema" por dentro. Liderou o CDS
e fundou, depois, o Partido Nova Democracia, que seguiu caminho sem um dos seus
principais ideólogos. Afastado da política activa, o "homem de
direita" vaticina hoje o "fim do regime", num país de políticos
capturados pelo "feudalismo do século xxi". Continua a acreditar
na mudança, mas em Setembro - e pela primeira vez - não votará nas eleições.
Muitos viram na atitude uma forma de ganhar poder no
governo.
Quero acreditar que existirão razões ponderosas para ter
feito o que fez. Ao contrário do que muitas vezes pensamos, os nossos
governantes já não são livres para agir como interiormente desejam. A
independência nacional é hoje uma miragem. Portugal não é um país independente.
Mas essa situação de resgate pode acabar. E a verdadeira independência dos
governantes mede-se mais sabendo se eles são totalmente livres em relação aos
grupos corporativos e aos grupos feudais, que não tenho a menor dúvida de que
existem em Portugal - ao nível profissional, empresarial e financeiro.
Continua a acreditar que é possível cortar com esses
grupos instalados?
Continuo. Eu não vou votar. Voto em Vieira do Minho, mas
desta vez não vou votar.
É a primeira vez que o faz?
É a primeira vez na minha vida, desde os 18 anos, que não
vou votar.
Passa por aí, a mudança?
Deixei de acreditar nas revoluções de sangue. Lutei para que
as pessoas votassem e se abstivessem, mas comecei a acreditar que a mudança do
sistema só é viável, ou por uma profunda vaga de abstenção, ou por uma
revolução pacífica.
Revolução pacífica como?
A revolução pode passar por um acesso em massa dos cidadãos
aos partidos políticos, pela ocupação dos partidos pelos cidadãos. Imagine que
os cidadãos decidem inscrever-se nos partidos em que depositam o seu voto. Isso
seria uma revolução, porque eles transportariam para dentro dos partidos em que
se revêem mudanças brutais na vida política.
Mudar o sistema por dentro.
Porque o sistema faliu. A verdadeira falência do país é a
falência do regime, e o regime faliu. Só que ninguém quer assumi-lo, porque
fazê-lo é assumir a sua própria falência. E isso é pôr em causa o seu statu
quo e este jogo de aparente poder.
Isso não será inevitável?
Admito que sim. É profundamente negativo alguém com
responsabilidades políticas não estar preocupado com estas questões. Ninguém
quer assumir isso porque os actuais dirigentes estão preocupados se são ou não
eleitos. O sistema acabou.
Na sua tese de doutoramento, defende mudanças na escolha
dos deputados à Assembleia da República...
Só teríamos representantes em função do nível de pessoas que
livremente se recenseassem e votassem. Isso obrigaria os partidos a mudar. Hoje
quem domina uma estrutura partidária num determinado ponto do país determina
quem é primeiro-ministro. Essa abstenção brutal faria o poder político perceber
que detém o poder legal mas que tem um défice de legitimidade profundo, porque
está a falar sozinho. Mas esta gente não está a escutar o silêncio. Estão
preocupados com o número de pessoas que se manifestam. E o número de pessoas em
silêncio é cada vez maior.
O que querer dizer esse silêncio?
Total desinteresse e afastamento. Ficam preocupados se as
manifestações têm um milhão, mas estão a esquecer-se dos milhões que já não se
manifestam. Ou porque deixaram de ter interesse para se manifestar ou porque
nem têm condições físicas para isso. Há uma imensidão de idosos que até podem
ter força física para ir à manifestação, mas têm medo de regressar a casa à
noite. Esse silêncio dos idosos pode não ter repercussão, mas os filhos e os
netos desses idosos, percebendo o drama dos seus avós e pais, podem fazer
evoluir a bolha do silêncio.
Continue lendo, aqui!
Entrevista a Manuel Monteiro na Antena 1, em 31/01/2013, aqui!
O homem que foi líder do CDS-PP entre 1992 e 1998, Manuel
Monteiro, considera que o atual presidente do partido, Paulo Portas, tem a
capacidade de “ler nas estrelas”. Manuel Monteiro, afirma que será a cara do CDS-PP até
morrer...!
Pensem, não votem em corruptos!!!
Pensem, não votem em corruptos!!!
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