O Magusto de São Martinho...
Era tradição por esta altura do ano (hoje muito rara), em tempos idos, ao fim de um dia de trabalho ardo, fazer-se uma grande fogueira e, nas suas cinzas ia-se assando lentamente as castanhas e bebericando água-pé (vinho com pouco grau). Como o vinho fazia efeito, ao fim de algum tempo, já todos cantavam e dançavam ao som de musicas improvisadas e assim se passava um dia de São Martinho alegre.
Como diz o ditado popular português, “no dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho”.
É desta forma que o dia de São Martinho é festejado em terras lusas. Apesar de ser celebrado um pouco por toda a Europa, as comemorações variam de país para país. Em Portugal é tradição fazer-se um grande magusto, beber-se água-pé e jeropiga. Esta é também uma altura em que se prova o novo vinho, produzido com a colheita do ano anterior.
Segundo alguns historiadores, os magustos remontam a uma antiga tradição de comemoração do Dia de Todos os Santos, onde se acendiam fogueiras e se assavam castanhas.
A lenda de São Martinho...
Acredita-se que, na véspera e no dia das comemorações, o tempo melhora e o sol aparece. O acontecimento é conhecido pelo ‘verão de São Martinho’ e é muitas vezes associado à conhecida lenda de São Martinho.
Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Martinho, percorria o seu caminho montado a cavalo, quando encontrou um mendigo cheio de fome e frio. O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a sua capa e com a espada cortou-a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade. Já sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio e ao vento quando, de repente, como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias.
Na noite seguinte, Cristo apareceu a Martinho num sonho. Usando o manto do mendigo, voltou-se para a multidão de anjos que o acompanhavam e disse em voz alta: “Martinho, ainda catecúmeno [que não foi batizado], cobriu-me com esta veste”.
Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de Novembro, surgem esses dias de calor, a que se passou a chamar ‘verão de S. Martinho’. fonte
Para quem não tem assador... Castanhas assadas no forno eléctrico.
Neste vídeo podemos ver a maneira das castanhas saírem perfeitas e depois eu gosto sempre de juntar umas ervas aromáticas para sentir o cheiro das castanhas misturado com o das ervas. Ficam óptimas. Experimentem e comentem.
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