Não ao Acordo Ortográfico por José Gil (Filósofo)
A aberração do (des)Acordo ortográfico que nos impingiram... Uma vergonha! Quando umas (poucas) "mentes pequeninas e muito pouco iluminadas" decidem coisa tão importante, que afecta o dia a dia de todos e a história do país que é a "base" da língua mãe, o Português de Portugal, o Português de Camões e de Eça de Queirós e de tantos outros que já não estão entre nós, que foram da máxima importância para a língua mãe (que já não se podem prenunciar sobre a aberração do AO), o Português de Portugal !!
José Gil “chocado” com tratamento de português como
“activo”, uma palestra no Centro de Ciência dedicada ao tema
“Desejo e Medo de Existir”.
José Gil |
"...O filósofo José Gil diz-se “chocado” com o facto de a
língua portuguesa ser considerada um “activo”, tal como defendeu, em Macau, o
presidente português Cavaco Silva, na visita realizada em Maio.
Convidado do Rádio Macau Entrevista, José Gil afirma que
a língua portuguesa não pode ser tratada como um bem: “Choca-me um bocado essa
formulação. A língua portuguesa é a nossa carne, não temos de transformá-la num
activo. O que nós podemos fazer é o que estava nos objectivos da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP), que é o desenvolvimento do português, um
incentivo para que se desenvolvesse e estudasse a língua. Ora, o que é que
verificamos? Desaparecem representações do Instituto Camões, ou deixam de ter
meios”.
José Gil critica ainda duramente a entrada da Guiné Equatorial na CPLP e
também que não tenha havido oposição por parte de Portugal a um episódio que o
filósofo considera “grotesco”: “A última peripécia da CPLP, a admissão do
estado ditatorial da Guiné Equatorial, é grotesca. Acho que o presidente devia
dizer mais: devia dizer que ‘isto está mal feito’. Mas é claro que isto não
pode ser dito assim, porque temos que ir com luvas, não se pode ser brutal.
Isto trata-se com veludo diplomático. Um presidente não pode ser assim. Mas por
quê? Por que é que um presidente não pode denunciar: ‘nós não admitimos isto’?”
Nesta entrevista, José Gil mostra-se, ainda, contra o acordo ortográfico, que
diz ser um atentado à inteligência: “As razões que estão por trás não se
compreendem. São razões económicas. Uma língua é um organismo vivo.
Vamos deixá-lo viver. Esta coisa do acordo ortográfico é
verdadeiramente um atentado à inteligência, uma estupidez com razões escondidas
que eu não posso aceitar”. Fonte
José Gil, filósofo, ensaísta e professor catedrático
jubilado da Universidade Nova de Lisboa, foi considerado, em França, um dos 25
grandes pensadores do mundo.
"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições". R. Eanes
"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições". R. Eanes
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