"Um Murro no Estômago" (Troika), a Reter na Memória Colectiva!
Para memória futura... Mas será que o povo desta vez não vai esquecer novamente, como já o vez antes, com as duas outras falências do país?
A história mostra-nos que os Portugueses estão constantemente a cair no mesmo erro, elegendo constantemente (com o seu voto) quem os têm levado há ruína sistematicamente (40 anos de Democracia, três falências), permitindo aos agiotas que lapidassem tudo o que havia de bom no país, o que dava lucro, deixando apenas as pesadas dívidas causadas pelo sistema financeiro (BPN, BCP e agora o vergonha do BES) para o povo pagar!
Este é um povo que não consegue ver o que está à frente dos seus olhos... Idolatram os partidos políticos como se fossem o seu clube de futebol lá da terra. Apoiam quem os tem roubado, espoliado há já 40 anos; limitam-se a tirar o que lá está (governo) para voltarem a pôr os que lá estiveram antes e assim sucessivamente...!
Como dizia Eça de Queiroz; "este é um povo ingovernável"!
Como dizia Eça de Queiroz; "este é um povo ingovernável"!
Eça de Queiroz, o que escreveu no seu tempo mantém-se actual hoje!
“O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os
costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres
corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há
princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém
crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram. A
classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo
está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O
desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita,
absoluta indiferença de cima a baixo! Toda a vida espiritual, intelectual,
parada.
O tédio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das
mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce,
cresce, cresce. As quebras sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria
enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. A renda
também diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e
tratado como um inimigo.”
Eça de Queirós, em “AS FARPAS” – 1871
"Um murro no estômago"
Construir um documento visual para memória futura. Este é o objectivo
do projecto Troika, que uniu oito foto-jornalistas e um realizador. Juntos
fizeram o retracto dos rostos e as histórias de Portugal sob o domínio da
Troika. Chamaram-lhe "um murro no estômago.
Diga não à Inércia!
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