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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Marcelo: o Homem que Cresceu no Seio do Poder

Marcelo: o Homem que Cresceu  no Seio do Poder do Estado Novo







As presidenciais estão ai e, parece que o povo não aprendeu nada; não bastou terem dado o poder ao último presidente, que se mostrou ser tendencialmente de direita. 

O povo padece de uma "inércia" extrema e parece, "segundo as sondagens manipuladoras", que novamente vão eleger uma outra personalidade que é um excêntrico que sempre gravitou em torno do poder. Nasceu numa família Salazarista no meio do poder do Estado Novo, onde privou com Marcelo Caetano e recebeu seus ensinamentos. 
Marcelo Rebelo de Sousa, um homem que já por diversas vezes elogiou Marcelo Caetano, dizendo: "Marcelo Caetano foi um homem excepcional" (clique)

Será que o povo nunca mais aprende a lição? Andam há 40 anos a serem enganados e ainda não chegou?








"Marcelo Rebelo de Sousa nasceu no seio do poder, cresceu a conviver com ministros do Estado Novo por via das funções políticas do pai. No fundo, mesmo não tendo ainda cumprido a predestinação de chegar a primeiro-ministro, toda a vida de Rebelo de Sousa gravitou em torno do poder. "Quando comecei a fazer o livro, uma das coisas que eu disse a Marcelo Rebelo de Sousa, na primeira conversa que tive com ele, foi que, da sua geração, o Professor era a única pessoa através da qual seria possível contar a história de Portugal dos últimos 60 anos ", conta Vítor Matos, jornalista e autor da biografia de Marcelo Rebelo de Sousa, lançada esta semana pela Esfera dos Livros. "Tudo começa no berço. A história dele atravessa a história política do País. Porque ele nunca esteve fora. Se não estava no centro do furacão, estava muito perto, a influenciar ou a participar".


Os tempos de Marcello Caetano

"O melhor aluno no Liceu Pedro Nunes e que acabou o curso de Direito com média de 19 era irrequieto, não se coibia nunca de impressionar, de exibir as qualidades de um virtuoso intelectual. Marcello Caetano, professor catedrático e amigo do pai de Marcelo Rebelo de Sousa, não deixava de cultivar uma distância intransponível quando o filho de Baltazar Rebelo de Sousa se sentou pela primeira vez nos bancos da faculdade. A frieza termina anos mais tarde após Marcelo Rebelo de Sousa brilhar numa prova oral de Direito Administrativo.

O jovem que convivia com os ministros do regime mergulhava numa faculdade dominada por estudantes marxistas. Afamado de aluno brilhante, é mal visto entre colegas de esquerda, que associam o seu nome ao regime. Em 1969, apoia Marcello Caetano, numa altura em que já era habitual jantar em casa do catedrático de Direito. Em ano de crise académica, Marcelo Rebelo de Sousa vai expondo, ainda que timidamente, as suas ideias acerca do então ministro da Educação, José Hermano Saraiva. Marcelo fala de falta de sensibilidade política por parte do ministro.


"Essa proximidade com o [Marcello] Caetano é algo extraordinário. É uma coisa única, porque ele era um miúdo genial que fez o segundo ano do curso de Direito. O Caetano já não é o professor dele, logo já podia recebê-lo em casa. Marcelo relaciona-se com o então chefe do Governo numa altura em que o poder está a milhas de distância de qualquer ser mortal", observa o jornalista.


Cria, com Cândido Igrejas Bastos, o Movimento da Acção Académica (MAI), que defendia a demissão de Hermano Saraiva, posicionando-se à direita. Mas uma direita democratizadora. E que atacava também os associativistas, ligados à esquerda. "A história do MAI é uma coisa enquadrada no regime, que é suposto ser anti-associativa. A opinião do Pacheco Pereira é de que se tratava de algo patrocinado pelo regime. A verdade é o que parceiro [Cândido Igrejas Bastos ]dele nestas aventuras trabalhava no Secretariado Nacional da Informação", comenta Vítor Matos. fonte



Veja o vídeo, que mostra quem é Marcelo R. de Sousa.









O professor de Marcelo Rebelo de Sousa...

Marcello José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 1980) foi um jurisconsulto, professor de direito e político português. Proeminente figura durante o regime salazarista, foi o último Presidente do Conselho do Estado Novo.

Inicialmente ligado aos círculos políticos monárquicos católicos do Integralismo Lusitano, ainda jovem participou na fundação da Ordem Nova [5] (1926-1927) , revista que se classificava antimoderna, antiliberal e antidemocrática. Apoiou a Ditadura Militar de 1926 a 1928, e rompeu definitivamente com o Integralismo Lusitano em 1929. Apoiante do regime autoritário de Salazar, participaria na redacção do Estatuto do Trabalho Nacional e da Constituição de 1933.
Dirigente destacado do Estado Novo, foi comissário nacional da Mocidade Portuguesa. (1940-1944)
Ministro das Colónias (1944-1947)


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