Eça de Queiroz, em 1871. Hoje...

Eça de Queiroz, em 1871

Hoje: Passados quatro anos e muitas mentiras depois, eis que chegou o momento de o povo se prenunciar na mesa de voto... 

Depois de muito empobrecimento da nação; depois de muitos terem sido obrigados a fugir do país (emigrando); depois de um classe média ter sido totalmente arrasada e com mais de dois milhões a viver no limiar da pobreza. O país ficou com menos educação, menos saúde, menos justiça, menos emprego, menos salário e, o povo decidiu que deveria ficar tudo na-mesma, ou quase.

Que povo este... Hoje, passados 144 anos da critica de Eça de Queiroz, assenta que nem uma luva!

Hoje; está actual, como em 1871 !!

"Hoje, temos uma política onde a mentira tem sido a marca recorrente. Os candidatos tudo prometem em campanha e uma vez no poder esquecem os seus compromissos eleitorais. Passos Coelho prometeu-nos o céu, mas remeteu-nos ao inferno".

A liberdade não pode limitar-se à liberdade formal de falar em qualquer lado sobre o que cada um de nós pensa ou sente. A liberdade tem que ser também a janela aberta para um mundo de oportunidades que não permita a possibilidade de haver desempregados, pessoas com fome, emigrantes forçados, recantos de solidão obrigatória, ausência efectiva de gestos solidários, situações de miséria moral, social e económica, que levam a que cada vez mais gente se refugie na desistência de querer reencontrar o grande sonho de uma pátria que seja, de facto, a casa de todo um povo unido numa mesma nação.