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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Não ao Acordo Ortográfico por José Gil

Não ao Acordo Ortográfico por José Gil (Filósofo)




A aberração do (des)Acordo ortográfico que nos impingiram... Uma vergonha! Quando umas (poucas) "mentes pequeninas e muito pouco iluminadas" decidem coisa tão importante, que afecta o dia a dia de todos e a história do país que é a "base" da língua mãe, o Português de Portugal, o Português de Camões e de Eça de Queirós e de tantos outros que já não estão entre nós, que foram da máxima importância para a língua mãe (que já não se podem prenunciar sobre a aberração do AO), o Português de Portugal !!

José Gil “chocado” com tratamento de português como “activo”, uma palestra no Centro de Ciência dedicada ao tema “Desejo e Medo de Existir”.
José Gil


"...O filósofo José Gil diz-se “chocado” com o facto de a língua portuguesa ser considerada um “activo”, tal como defendeu, em Macau, o presidente português Cavaco Silva, na visita realizada em Maio.

Convidado do Rádio Macau Entrevista, José Gil afirma que a língua portuguesa não pode ser tratada como um bem: “Choca-me um bocado essa formulação. A língua portuguesa é a nossa carne, não temos de transformá-la num activo. O que nós podemos fazer é o que estava nos objectivos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que é o desenvolvimento do português, um incentivo para que se desenvolvesse e estudasse a língua. Ora, o que é que verificamos? Desaparecem representações do Instituto Camões, ou deixam de ter meios”.

José Gil critica ainda duramente a entrada da Guiné Equatorial na CPLP e também que não tenha havido oposição por parte de Portugal a um episódio que o filósofo considera “grotesco”: “A última peripécia da CPLP, a admissão do estado ditatorial da Guiné Equatorial, é grotesca. Acho que o presidente devia dizer mais: devia dizer que ‘isto está mal feito’. Mas é claro que isto não pode ser dito assim, porque temos que ir com luvas, não se pode ser brutal. Isto trata-se com veludo diplomático. Um presidente não pode ser assim. Mas por quê? Por que é que um presidente não pode denunciar: ‘nós não admitimos isto’?”

Nesta entrevista, José Gil mostra-se, ainda, contra o acordo ortográfico, que diz ser um atentado à inteligência: “As razões que estão por trás não se compreendem. São razões económicas. Uma língua é um organismo vivo. Vamos deixá-lo viver. Esta coisa do acordo ortográfico é verdadeiramente um atentado à inteligência, uma estupidez com razões escondidas que eu não posso aceitar”. Fonte

José Gil, filósofo, ensaísta e professor catedrático jubilado da Universidade Nova de Lisboa, foi considerado, em França, um dos 25 grandes pensadores do mundo.


"Um dos males de um país é a inércia dos cidadãos e a incapacidade da sociedade civil para se afirmar e ser um contra-poder às instituições". R. Eanes




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